Cresce o cerco contra o presidente argentino, Mauricio Macri. A Justiça ampliou as investigações sobre ele para além das duas offshores constituídas em paraísos fiscais nas quais é citado como sócio. Num primeiro momento, as investigações se restringiam à possibilidade de Macri ter deixado de declarar as offshores de propósito. Agora, devem ser analisadas as operações realizadas entre as duas empresas e outras companhias do grupo econômico da família de Macri - já foram pedidas cópias dos arquivos de quatro unidades, e haverá cruzamento de dados com as declarações de bens promovidas pelo presidente.
As investigações focam o período entre 1985 e 2007.
Na semana passada, veio à tona a declaração de bens do presidente argentino, que mostra incremento de 108% em sua riqueza em um ano. Macri explica que não houve um incremento no patrimônio. Argumenta que a declaração de bens foi apresentada em formatos diferentes, em 2014 e em 2015.
Operações financeiras internacionais de Macri serão avaliadas.
Além de Panamá, Uruguai, Bahamas e Grã-Bretanha, o Brasil está incluído na rota das investigações sobre movimentações que ele eventualmente fez.
A origem das investigações vem do chamado "Panama Papers", sobre offshores.
De acordo com o "Panama Papers", Macri faz parte da direção de duas empresas constituídas nas Bahamas e no Panamá. Macri nega ter participação nelas.