Enquanto o Brasil vive um momento turbulento, a Argentina não desfruta exatamente de uma calmaria. Paralisações de médicos e professores puseram ainda mais pressão na inquietação social crescente contra as demissões a rodo e os aumentos estratosféricos nas tarifas públicas de transporte e energia.
Médicos e professores pedem reajustes maiores que 30% para recompor as perdas salariais. A inflação estimada nos últimos 12 meses é de 40%.
É importante sempre lembrar: o governo de Mauricio Macri tem apenas cinco meses. O presidente projeta a volta dos investimentos e um alívio a partir da reinserção do país no mercado internacional após o acordo com os credores.
Os professores universitários, que iniciaram uma greve nesta semana, agendaram uma marcha para hoje, com o apoio de quatro centrais.
Entidades de docentes dizem que 1,5 milhão de estudantes estão sem aula e 28 universidades federais paradas na Argentina. Além do reajuste salarial, os professores reivindicam aumento no orçamento das faculdades. Os hospitais da província de Buenos Aires começaram ontem, também a sua paralisação.