Vejam só que situação: não bastasse todo o momento constrangedor por que passa a política brasileira, vem de fora também uma notícia constrangedora.
A Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), da Organização dos Estados Americanos (OEA), passa por uma grave crise, e o gigante sul-americano, inadimplente há quase um ano com a organização, está sendo chamado à responsabilidade, para pagar o que deve.
"Em vez de vislumbrarem um horizonte de crescimento, o horizonte é de cortes. Nesse contexto, o peso específico da não contribuição do Brasil tem muita relevância, porque o Brasil é o segundo maior contribuinte da organização e a maior economia da América Latina", disse o secretário-executivo da CIDH, Emílio Icasa a jornalistas. "Isso gera um impacto em todas as finanças. A falta de pagamento está asfixiando os trabalhos da comissão".
O presidente da CIDH, James Cavalarro, avisou que a falta de recursos poderá levar à demissão de 40% dos funcionários e cobrou dos países membros que transformem em ações seu compromisso de priorizar a defesa dos direitos humanos. Também informou foram suspensas visitas de missões da CIDH programadas para este ano.
A dívida brasileira com a OEA é de US$ 20,57 milhões (R$ 74 milhões).
O último aporte brasileiro, de US$ 3,1 milhões, foi feito em julho. O embaixador do Brasil na organização, José Luiz Machado e Costa, lamentou a suspensão de atividades e exortou os membros a debater o problema.