Neste mês de março, são lembrados os 25 anos da morte do mito Serge Gainsbourg (1928-1991), poeta maldito e músico popular-erudito, autor de sucessos como La Javanaise, Initials B.B., Bonnie and Clyde ou do furor erótico e censurado Je t’Aime moi non Plus. Para celebrar a efeméride do ex-amante de Brigitte Bardot e eterno amor da musa Jane Birkin – e também pai da atriz e cantora Charlotte Gainsbourg –, a Galeria Hegoa (16, Rue de Beaune, 75.007) organizou uma exposição de fotografias, em exibição até o próximo dia 8, com a participação de 15 fotógrafos, um pintor e um desenhista. Há belas imagens expostas, em grande formato, para serem admiradas ou mesmo adquiridas – para ter uma delas em casa, será preciso desembolsar entre 900 e 9 mil euros. A data serviu também para o lançamento de novas obras sobre o emblemático personagem, entre as quais o monumental trabalho biográfico de Bertrand Dicale, Tout Gainsbourg (editora Jungle), que reúne em um cartapácio de 1.024 páginas tudo e mais um pouco do universo gainsbourguiano, para os gostos de todos os fãs.
Joie de Livre
A feira anual literária da capital francesa mudou de nome: de Salão do Livro para Livre Paris (em francês, um jogo de palavras com vivre/viver e livre/livro). A ideia é frear a erosão de público do evento, primo pobre da Feira de Frankfurt – houve queda de 10% em 2015. O salão, que começou na quinta-feira e termina neste domingo, serve também de palanque político nestes tempos de pré-campanhas eleitorais – o mandato de François Hollande se encerra em 2017. Quatro dos principais nomes das eleições primárias que definirão o candidato do campo conservador à sucessão autografam neste fim de semana da feira: Alain Juppé, François Fillon, Jean-François Copé e Nathalie Kosciusko-Morizet.
Em 2015, quando o Brasil foi o país convidado de honra, o próprio Hollande deixou sua marca por meio de uma gafe. A editora Albin Michel, que traduziu Guimarães Rosa (1908-1967), deu ao presidente uma obra do autor de Grande Sertão: Veredas. Hollande, então, perguntou ao representante da editora: “Ele veio? Ele vem?”. Diante da resposta, replicou: “Ah, ele morreu...”. 0 episódio provocou risos no programa Le Petit Journal, do Canal Plus.