Radicado em Paris desde 1969, o fotógrafo brasileiro de reputação internacional Sebastião Salgado só se locomove pela cidade de Vélib, a bicicleta de aluguel da capital francesa. Ele assegura só trocar as pedaladas ao ar livre pelos subterrâneos do metrô em caso de chuva extrema. Salgado cedeu à coluna duas imagens clicadas por suas lentes em 1986, quando acompanhou de perto, pela única vez, a célebre competição ciclística Tour de France, que a cada ano provoca entre os franceses emoções de mesma voltagem do efeito de uma Copa do Mundo nos brasileiros. O próprio fotógrafo ignorava até então a prova que reúne competidores das mais diferentes nacionalidades e admite que, após ter vivido a experiência de um mês pelas planícies e montanhas da França fotografando o pelotão, também se tornou um fã incondicional do Tour de France, sempre disputado durante o verão europeu – neste ano, em sua 103ª edição, com 21 etapas, num total de 3.519 quilômetros percorridos.
Lambreta de aluguel
Paris mantém seu embate contra os carros e por um tráfego mais ecológico e menos obstruído. Depois do Vélib, o bem-sucedido sistema de aluguel de bicicletas, e do Autolib, iniciativa similar para carros elétricos, a cidade disponibilizará scooters de uso avulso. O Cityscoot, totalmente privado, vem sendo testado há meses e, após a recente aprovação da prefeitura, será implementado a partir de julho, inicialmente com mil unidades.
A vantagem em relação aos antecessores é que o sistema dispensa estações de estacionamento: as scooters poderão ser recuperadas e deixadas em qualquer lugar da cidade. Um aplicativo mostrará ao usuário em que local se encontra a scooter mais próxima e também fornecerá um código de quatro números que funcionará como chave, para ligar. Os veículos são elétricos, com velocidade limitada a 45 km/h e autonomia de 70 quilômetros. A tarifa? Inscrição gratuita, 2 euros os primeiros 10 minutos, e depois 0,20 euro por minuto.