A revista "Quatro cinco um" e todos os envolvidos na produção da sua última capa, incluindo a atriz Fernanda Montenegro, retratada como bruxa prestes a ser queimada numa fogueira de livros, talvez tenham mais motivos para agradecer do que para condenar a manifestação do diretor do Centro de Artes Cênicas da Funarte, Roberto Alvim. Ao utilizar o seu Facebook para ofender a grande dama do teatro brasileiro, chamando-a de "sórdida", o gestor público não apenas comprou briga com a classe artística nacional e com os milhões de fãs da atriz. Conseguiu, também, dar maior visibilidade a uma publicação que, de outra forma, ficaria restrita aos seus leitores habituais. O marketing da estupidez funcionou mais uma vez – como já ocorrera com a História em Quadrinhos censurada na Bienal do Livro do Rio e com a exposição de charges na Câmara Municipal de Porto Alegre.
Revanchismo
A fogueira de livros
O marketing da estupidez funcionou mais uma vez
Nílson Souza
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