Odair Hellmann pegou até bandeira da torcida para comemorar a classificação justa e épica contra o Palmeiras, quarta-feira (17). Sob imensa pressão por conta de sua estratégia muito conservadora ao jogar fora de casa, o treinador cresce e encorpa com a eliminação do melhor e mais caro time do país, o que não diminui o tamanho do seu desafio em plena trajetória de evolução na carreira em que nem completou três anos.
Agora, precisa, inadiavelmente, respeitar a fronteira da cautela e do medo quando jogar fora do Beira-Rio. Que seu time é avassalador muitas vezes em Porto Alegre, todos sabemos, mas não se joga futebol profissional só no próprio ninho. Parte deste desafio, Odair já resolveu na Libertadores, onde tem vitórias fora de casa e uma grande atuação no empate com o River Plate em Buenos Aires, triunfo que escapou nos acréscimos por uma rara falha de Marcelo Lomba.
Porém, o tema-título do tópico é outro, quase desviei. O Gre-Nal no Beira-Rio pode ser ótima oportunidade para um jogador que convive com dores e dúvidas há pelo menos dois anos na carreira e, antes, era uma joia raríssima no futebol automatizado de hoje. Wellington Silva é um driblador em linha reta, avança sobre o marcador com a certeza de que o driblará. O ímpeto, ele mantém, mas o acerto na execução rareou. Entrou contra o Palmeiras com iniciativa e animou os colorados.
Como este não será um clássico de todos os titulares, Wellington Silva pode ter a chance de jogar uma partida inteira, com toda visibilidade que garanta motivação máxima para seu desempenho. Se Odair recuperar este jogador, será como uma nova e grande contratação para o que vem por aí, o que inclui a próxima quarta-feira em Montevidéu, contra o Nacional.