Eu vi de perto o passeio que o Grêmio deu no Lanús na casa dos caras. O 2018 da equipe de Renato foi menos fulgurante, ainda assim com duas faixas no peito, Recopa e Gauchão. Mesmo parando nas semifinais da Libertadores, o Grêmio de Renato impôs respeito a partir do conceito de futebol que praticava. Quando vencia, não só vencia. Não raro, encantava.
Porém, a edição 2019 da Libertadores se encarregou de frear tanto entusiasmo. O único ponto ganho em seis disputados serviu de alerta de que os adversários estão estudando o Grêmio para pará-lo. E estão conseguindo.
Quem muito jogou anda jogando pouco ou nada. Maicon e Luan, especialmente, estão abaixo do padrão ao qual acostumaram gremistas, adversários e imprensa esportiva. Jogadores tão essenciais, quando desandam pelo motivo que for, põem abaixo o conjunto da obra. E se cito os dois para criticá-los no individual, é porque já os elogiei em igual medida como fiadores daquele futebol tão bonito e vitorioso.
Para o Grêmio, perder o clássico deste domingo mal mudaria os números de sua campanha no Gauchão. O efeito grave seria bagunçar de vez o que até então estava tão pronto e estabelecido como fórmula de sucesso. Aí está o valor do confronto para o anfitrião.
A conclusão é de que não existe Gre-Nal por laranjas. Nunca houve, nunca haverá.
Bom clássico a todos.