Sair da Copa do Brasil é, acima de tudo, perder dinheiro, mas há muita vida fora do torneio. O Brasileirão paga menos, mas traz mais prestígio. A Libertadores, então, nem se fala. Renato Portaluppi formatou um time competente, respeitado no país inteiro, que vive dias turbulentos enquanto não se acha um jeito de repor a perda irreversível de Arthur.
Jailson entrou bem contra o Flamengo, Maicon teve leve queda de produção, Ramiro está preocupado em socorrer Léo Moura na ação defensiva e não consegue, como antes, aparecer decisivamente na zona de conclusão. Luan, este sim, preocupa, porque não está no seu alto padrão desde a volta da parada da Copa.
Na frente, se André e Jael insistirem em não pegar a camisa de vez, o treinador poderá mudar o rumo e avançar Luan para falso centroavante e dar lugar a Douglas no meio-campo. A ideia não é ruim, só precisa de treino e da certeza de que Douglas sustentará com vigor a brava disputa de espaço do setor mais vital do campo.
Na Libertadores, basta 1 a 0 para ir adiante e jogar contra Atlético Tucumán ou Nacional de Medellin. A produção anda abaixo do que o próprio time do Grêmio acostumou sua torcida e a imprensa. Renato protege seus jogadores ao microfone, mas deve ser o primeiro a saber que há, sim, coisas a corrigir no coletivo e performances individuais que precisam, com urgência, retomar qualidade e competitividade.
Com toda a dificuldade relatada neste tópico, o Grêmio ainda está na zona de classificação da Libertadores e tem um turno inteiro para fincar pé neste lugar ou até, o que parece menos provável no momento, refundar candidatura a título.