Treinador bom tem sorte, incompetente não tem. Renato Portaluppi começava a insistir no erro de escalar Léo Moura no meio-campo na vaga de Ramiro, que não pode jogar nenhuma das partidas decisivas da Recopa. Ainda excelente na lateral, Léo Moura não tem contribuição a dar adiantado.
Na virada sobre o Brasil, quarta-feira passada, Alisson foi decisivo no corredor direito, que no primeiro tempo esteve sob administração do lateral improvisado. Se Madson estivesse dando boa resposta, Léo Moura restaria como opção no banco.
O jogador que veio do Vasco está em adaptação, não tomou a posição para ele. Logo, a sensatez - que virou uma das maiores qualidades do Renato amadurecido como técnico - sinaliza Léo Moura na lateraldireita e Alisson na linha de meias.
Everton se mantém no outro corredor. Não duvido que Jael também tenha virado titular, mesmo que seu gol não tenha saído ainda. Cícero com Luan é um modelo que não teve tempo de dar certo nos primeiros jogos do time titular. Neste contexto, melhor é Renato retomar o modelo campeão da Libertadores, mesmo que Jael não seja Barrios no quesito qualidade técnica.
A vitória sobre o Brasil acabou tendo duplo benefício. Primeiro, o Grêmio precisa de mais três vitórias em cinco jogos para se classificar no Gauchão. Segundo, mostrou a Renato com todas as letras - ou todas as chuteiras - que o time está encaminhado para a decisão da Recopa.