Romildo Bolzan nunca teve tanto cacife para bancar decisões polêmicas como neste início de 2018. Sua gestão soma uma Copa do Brasil e uma Libertadores. Com a naturalidade de quem domina o microfone desde os tempos em que era político, o presidente do Grêmio impõe as condições para a saída de Arthur, garante que virão reforços para o ataque ainda antes da decisão da Recopa, assegura que os titulares não voltarão antes do tempo só porque o time alternativo tem um ponto em nove que disputou.
O que diz o presidente tem acolhida junto ao torcedor, que tanto tempo ficou sem colocar faixa no peito. Neste domingo, os reservas vão a campo de novo. Um campo ruim, diga-se e não de passagem. O Passo D'Areia tem um gramado artificial de má qualidade, joga-se algo remotamente futebol lá. O São José tem se dado bem porque vai bem nos gramados naturais, acontece desde os tempos de China como treinador.
O Grêmio precisa pontuar para que os titulares voltem com um mínimo de conforto no início de fevereiro. Há clara desconexão entre a boa produção de meio e frente, onde estão as promessas mais luminosas do time, e a defesa que falha dos jovens aos experientes. Vai ser um domingo difícil para os gremistas de pouca fé.