Anunciado no início de junho pelo governo federal, o programa que repassa um auxílio financeiro de duas parcelas do salário mínimo (R$ 1.412) para a folha salarial de empresas atingidas pela enchente ainda não alcançou o resultado esperado. De R$ 1,2 bilhão disponibilizados para a iniciativa, apenas R$ 175 milhões foram acessados.
O ministro da Secretaria Extraordinária da Reconstrução, Paulo Pimenta, afirmou nesta segunda-feira (26) que o governo analisa ampliar o número de beneficiários ou pagar parcelas extras.
— Tem empresa que está entrando agora e os dois meses vão contar para frente. Se conseguirmos ampliar ao máximo o número de empresas para utilizar este saldo que tem, ótimo. Se não, vamos discutir a possibilidade de ampliar, porque nós queremos usar R$ 1,2 bilhão — disse Pimenta, em entrevista à Rádio Gaúcha.
O aumento no valor mensal do auxílio, como foi solicitado por muitos empresários, não está em discussão no governo. O que se estuda é a possibilidade de pagar mais de duas parcelas de salário mínimo.
Na ocasião em que o programa foi lançado — durante visita do presidente Lula ao Rio Grande do Sul —, a expectativa era alcançar 430 mil trabalhadores. Em reunião na última semana, em Brasília, o governador Eduardo Leite disse ao presidente que o excesso de burocracia dificulta o acesso, e que empresas que estão fora da mancha de inundação também deveriam ser contempladas.
Segundo Pimenta, o governo está analisando caso a caso e nas últimas semanas conseguiu destravar dezenas de casos. Já em relação aos programas de financiamento subsidiado, o ministro justificou que muitas empresas têm pendências anteriores à enchente que dificultam a liberação de crédito.