O jornalista Anderson Aires colabora com a colunista Marta Sfredo, titular deste espaço
A mais recente edição da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência das Famílias (PEIC-RS), divulgada pela Fecomércio-RS, mostra que 38,1% dos lares gaúchos tinham contas em atraso em outubro.
É a segunda queda consecutiva, mas ainda pequena e na margem. Para ter uma ideia, em setembro o indicador estava em 38,4%. Ou seja, ficou praticamente estacionado.
Segundo a entidade, o leve recuo, ocorreu em razão da diminuição de contas em atraso na faixa de renda superior a 10 salários mínimos. Inadimplência recuando a passos lentos, em cenário de inflação rondando a meta e juro avançando, mantém sinal de alerta e crédito mais caro e restrito na economia.
Já o endividamento, que também pega as contas pagas em dia, apresentou caminho inverso. Em outubro, 94,2% das famílias gaúchas estavam nessa situação. O percentual era de 94% no mês anterior. Esta foi a quinta alta consecutiva do indicador.
“A PEIC traz sinais mistos. Apesar do contínuo aumento do percentual de famílias endividadas, os indicadores de inadimplência apresentaram melhora. As necessidades de consumo geradas pelas enchentes ajudam a explicar, em parte, o aumento do endividamento das famílias. Por outro lado, o mercado de trabalho aquecido ajuda a justificar a melhora na inadimplência. Todavia, a alta dos juros pode influenciar a tendência futura da inadimplência”, comentou o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn, em nota.
Leia mais na coluna de Marta Sfredo