A montanha-russa no preço do petróleo acionada pelo conflito no Oriente Médio entrou em fase de baixa vertiginosa nesta segunda-feira (28).
A cotação despenca 5% no final da manhã no Brasil, depois de o ataque retaliatório de Israel ao Irã, no final de semana, ter poupado instalações petrolíferas e a infraestrutura de energia em geral.
Considerada "limitada", a represália também restringe a enésima resposta do Irã, apesar das declarações fortes de líderes do país. Mais cedo, a queda era ainda mais acentuada, passando de 6%. Isso leva o barril do tipo brent de volta à faixa próxima dos US$ 70 (US$ 72,21).
O recuo é um alívio, depois que a ampliação do conflito havia feito o preço se aproximar dos US$ 90, gerando pressões de repasses em várias cadeias produtivas.
O temor de que um ataque a instalações estratégicas do Irã afetasse a oferta de petróleo havia provocado alta dos contratos de fornecimento futuro de petróleo. O conforto pode ser temporário, mas ao menos por ora um risco considerado grave perdeu peso.
Apesar de todas as pressões por descarbonização, o petróleo ainda é base da cadeia produtiva de uma enorme variedade de produtos, de decoração (tintas, carpetes, tapetes, cortinas) a tintas a itens de limpeza e higiene, passando por roupas, maquiagem, batata frita em saquinhos e até chiclete.
Maiores produtores de petróleo
Por ordem de participação na produção global
- Estados Unidos 18,9%
- Arábia Saudita 12,9%
- Rússia 11,9%
- Canadá 5,9%
- Iraque 4,8%
- China 4,4%
- Emirados Árabes 4,3%
- Irã 4,1%
- Brasil 3,3%
- Kuwait 3,2%
Fonte: US Energy Information Administration (EIA)