Com base no custo mínimo de obtenção da carteira de motorista de R$ 2,3 mil e na estimativa de salário médio anual de R$ 35 mil no Brasil, o Centro de Liderança Pública (CLP) está pedindo redução de custo para emissão do documento.
O custo relativo nacional é de 6,6% da média salarial. Em países como Espanha, Reino Unido, Suécia, Irlanda, Alemanha, França e Itália, o peso é mais baixo. A entidade que mede a competitividade dos Estados sugere medidas para reformular o sistema, inclusive para tornar o trânsito mais seguro.
Na avaliação da CLP, o alto valor para "tirar" carteira pode ser um limitador à legalização de condutores. Por isso, avalia que a redução no custo pode levar mais segurança às estradas e às ruas das cidades. Levantamento recente apontou que 30% dos motociclistas que fazem telentrega não têm carteira.
Uma das surpresas nas propostas do CLP é a possibilidade de treinamento informal, ou seja, permitir que, como antigamente, familiares ou amigos ensinem a dirigir. Na avaliação do centro, isso pode melhorar a experiência de condução no mundo real, por permitir "aprendizado prático e flexível".
Também seria uma forma de aliviar o custo da obtenção da carteira. Essa proposta de flexibilização do CLP é inesperada, porque a entidade costuma ser bastante estrita em relação a aspectos legais.