O Rio Grande do Sul está mais perto de um passo importante em direção à transição energética. A secretária estadual do Meio Ambiente, Marjorie Kauffman, espera que a primeira planta voltada apenas à produção de hidrogênio verde no Estado seja anunciada ainda neste ano.
Segundo a secretária, o combustível para o avanço vem de Brasília. Em agosto, o governo federal instituiu o marco legal do hidrogênio de baixa emissão de carbono, definindo regras e benefícios para produção no país.
Já existem 10 empresas, como CPFL Energia, CMPC e Mitsubishi, com propostas para a produção de hidrogênio verde no Rio Grande do Sul. Na semana passada, foi assinado o mais recente memorando de entendimentos, com a Arpoador Energia e a Mitsubishi Power.
Uma das etapas que ainda faltam para saírem do papel é concluir as apresentações dos grupos temáticos da política estadual, que há cerca de um ano desenvolvem um modelo para alavancar a produção no Estado.
— Temos comissões pensando, por exemplo, qual é a necessidade de mão de obra, incentivos fiscais e licenciamentos. Com a nova lei federal, vamos revisitar. Ainda neste semestre, espero o anúncio da primeira planta de hidrogênio verde no Rio Grande do Sul — afirma Kauffman.
No Estado, o potencial do hidrogênio verde foi mapeado e estimado em R$ 62 bilhões. Também foram apontados os 10 municípios com maior potencial de geração e logística, de Rio Grande a Passo Fundo.
Memorandos existentes para a cadeia de hidrogênio verde
- White Martins (dezembro/21)
- Enerfin (março/22)
- Ocean Winds (junho/22)
- Neoenergia (agosto/22)
- Prefeitura de Rio Grande (fevereiro/23)
- Green En.IT e Ventos do Atlântico (maio/23)
- CMPC (setembro/23)
- Equinor-Portos RS (setembro/23)
- CPFL Energia (setembro/23)
- Arpoador Energia e Mitsubishi Power (agosto/2024)
*Colaborou João Pedro Cecchini