Na véspera, o dólar havia subido 1,3%, para R$ 5,655, com movimento atribuído à tensão pré-debate entre os candidatos à presidência dos Estados Unidos.
Nesta quarta-feira (11), cai 0,54%, para R$ 5,624 e, outra vez, a principal "causa" é o evento com Kamala Harris e Donald Trump. Ninguém deve se surpreender: os rumos da maior economia do planeta influenciam todos os movimentos de mercado, em todas as latitudes.
A reação não se baseia na avaliação predominante de que Kamala se saiu melhor, mas em um "dado": conforme o site Election Betting Odds (clique aqui para conferir), que reúne resultados de diversas casas de apostas, a probabilidade de vitória de Kamala subiu para 51,9% ante 46,8% de Trump na manhã seguinte ao debate.
A racionalização que justificaria o movimento é de que o cenário de vitória de Kamala representaria um dólar menos forte do que o projetado em caso de retorno de Trump à Casa Branca.
Mesmo quem avalia que Kamala venceu o debate lembra que o melhor desempenho não garante os votos necessários para desequilibrar a disputa.
Além do debate, nesta quarta-feira um novo dado de inflação nos EUA mostrou aumento de 0,3% no núcleo. Isso não chega a perturbar a quase certeza de corte no juro daqui a uma semana, mas reduz as apostas de que a tesourada pudesse chegar a 0,5 ponto percentual.