Os clientes residenciais da RGE, distribuidora do Grupo CPFL que atua em dois terços do Estado, não terão reajuste na conta de luz neste ano, que seria de 12,33%
A data habitual da correção anual é 19 de junho, que devido ao dilúvio de maio a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) havia adiado para 19 de agosto, ou seja, na próxima semana.
Mesmo autorizado índice médio de 12,33%, a Aneel atendeu ao pedido da concessionária para não aplicar o ajuste neste ano, deixando a correção para 2026 e 2027.
Conforme a RGE, o objetivo é reduzir os impacto da enchente para a população, principalmente a quem foi diretamente atingida pela catástrofe climática de maio. A maioria dos 381 municípios atendidos pela RGE teve danos com a enchente, afetando residências, comércio, indústria e produção rural.
Como apoio, a distribuidora obteve financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) de R$ 1,394 bilhão.
— Esse recurso tem o objetivo de suportar nosso pleito à Aneel de postergar o reajuste e minimizar os impactos da calamidade para nossos clientes — afirma Gustavo Estrella, diretor-presidente do Grupo CPFL.
Ajuda ao Estado
Em maio, a CPFL Energia e seu acionista majoritário, a State Grid, doaram R$ 3 milhões em produtos essenciais destinados à população afetada, como kits de geladeiras e fogões, em um esforço para mitigar os impactos imediatos dessa tragédia.
Com apoio do Instituto CPFL, foi completado o valor de R$ 6,2 milhões para o Fundo Estadual de Apoio à Inclusão Social e Produtiva (Feaisp), por meio do repasse de ICMS.
A empresa ainda destinou cerca de R$ 15 milhões do Programa de Eficiência Energética da Aneel para beneficiar cerca de 25 mil famílias das regiões Metropolitana e do Vale do Taquari. A iniciativa envolve a reforma de padrões de entrada, substituição de geladeiras, chuveiros e lâmpadas por modelos mais eficientes.
Leia mais na coluna de Marta Sfredo