Quase um ano depois da mais recente alteração nos preços de combustíveis nas refinarias, a Petrobras anunciou nesta segunda-feira (8) o primeiro reajuste da gestão de Magda Chambriard, que segue cercada de dúvidas e temores.
A gasolina custará 7,11% a mais nas refinarias a partir de amanhã. E parece ser mais um manifesto de intenções dirigido ao mercado, onde reside as maiores desconfianças em relação à nova gestão.
Na avaliação da escassa concorrência da Petrobras, o reajuste é insuficiente, mas melhora a imagem da empresa ao atualizar os valores antes que se passasse um ano completo desde o aumento anterior - feito em agosto do ano passado. Se tivesse passado um pouco mais de tempo, poderia colher ainda mais críticas a um suposto "congelamento de preços", que já foi praticado com consequências desastrosas para a companhia.
Como não houve anúncio de mudança na política de preços feita pelo antecessor de Chambriard, Jean Paul Prates, o acompanhamento dos valores segue sem um parâmetro confiável. Os sistemas aplicados por diferentes entidades e consultorias situa defasagens de 15% a 25,9%. A variação elevada entre um e outro já aponta para a dificuldade de aplicar o cálculo à atual estratégia.
Se considerado o menor percentual, o reajuste reporia metade da defasagem, se o maior, menos de um terço.Em agosto do ano passado, quando a gasolina subiu pela última vez, o preço do barril de petróleo estava no patamar de US$ 80, enquanto o dólar era cotado na faixa de R$ 4,80. Nesta segunda, o barril é negociado a US$ 85, quando o câmbio está em R$ 5,463. Ainda houve um reajuste para baixo em outubro de 2023,
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