Leitores cobraram - com razão - que a coluna não mencionou como ficou a polêmica desenhada entre a direção executiva da Petrobras e o conselho de administração da companhia sobre os polêmicos projetos de construção de usinas eólicas no mar.
Então, antes tarde do que mais tarde, a resposta: ficou para o futuro.
A comunicação oficial e clara coube à gerente executiva de Planejamento Estratégico, Renata Szczerbacki, que avisou, sobre os projetos de energia renovável que a estatal passsrá a desenvolver:
— No primeiro momento, vamos focar em tecnologias maduras, com rentabilidade conhecida. Ao mesmo tempo, estamos prevendo recursos para pesquisas na área de eólica offshore (no mar), para que, assim que for votado o marco regulatório, estamos prontos para poder executar. Agora, vamos focar em eólica e solar onshore (em terra).
No conselho, havia restrições a planos de investir agora em eólicas no mar exatamente por dúvidas sobre a rentabilidade. Ao contrário da instalação de parques eólicos terrestres, que tem tecnologia já dominada, a implantação de aerogeradores no mar é mais complexa tanto do ponto de vista da engenharia quando da projeção de retorno, já que são mais caros. Mas também havia desconfiança sobre o apetite do atual presidente, Jean Paul Prates, de prever projetos para o Rio Grande do Norte, Estado pelo qual se elegeu senador. Que não se deu por achado e fez graça:
— Realmente, vai demorar mais offshore, até porque temos pela frente o projeto da Margem Equatorial (de extração de petróleo), que deve ser o mais atraente e competitivo do mundo. Mas já estamos medindo a velocidade dos ventos no mar. Temos uma realidade muito diferente da do Mar do Norte, que tem ondas de 22 metros e há risco de os operadores ficarem isolados, sem comida. Aí, a turbina custa três vezes mais. No litoral do Rio Grande do Norte, a gente leva o povo de jangada.
Leia mais na coluna de Marta Sfredo