Assim como subiram depois das surpresas positivas com o PIB, nesta segunda-feira (23) baixaram as projeções da maioria dos economistas para o crescimento da economia neste ano.
O boletim Focus, que traz as estimativas mais frequentes de cerca de uma centena de instituições financeiras e consultorias econômicas, mostrou ligeiro recuo, de 2,92% para 2,9%, depois de sinais de desaceleração.
Na sexta-feira passada, um termômetro próprio do BC - no caso do Focus, as estimativas são do mercado -, o Indicador de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) de agosto, havia registrado queda de 0,77%, fazendo com que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, dissesse que a "forte desaceleração preocupa".
Claro que aí há um claro recado ao próprio emissor do dado, aplicado à parte que decide sobre a taxa de juro, mas ainda assim é um reconhecimento impactante. O número negativo do IBC-Br decorre da queda de 0,9% no volume de serviços em agosto - o maior desde abril, quando havia caído 1,7% e do recuo de 0,6% na produção industrial no mesmo mês.
Nesta segunda-feira (23), o Monitor do PIB-FGV confirmou a expectativa de abertura negativa para o terceiro trimestre, apontando redução de 0,6% na atividade econômica em agosto em comparação com julho. Na comparação interanual, o cálculo é de crescimento de 2,5% em agosto.