Pela segunda vez neste mês, o dólar quebrou a barreira dos R$ 5: a moeda fechou nesta quinta-feira (27) em R$ 4,98, resultado de queda de 1,52%.
Conforme analistas, não se trata de entusiasmo com o cenário interno, mas de preocupação com o externo - mais especificamente, com a atividade econômica dos Estados Unidos.
O PIB americano cresceu 1,1% no primeiro trimestre, conforme divulgado nesta quinta-feira. Foi um resultado abaixo do esperado mesmo com inflação ainda alta para os padrões dos EUA. Esse cenário aumenta a tensão sobre a decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), que na próxima semana calibra a taxa básica de juros por lá -- assim como o BC do Brasil.
Um dos sinais de que a reação do câmbio tem um olho lá fora maior do que o que mira o Brasil é a variação de bolsa, muito mais contida, com alta pouco acima de 0,6%. Nesse caso, a ligeira recuperação é comandada por bons resultados de empresas, tanto no país quanto nos Estados Unidos, onde Microsoft e Meta - Facebook, Instagram e WhatsApp - tiveram forte alta nos lucros..