A retomada dos lançamentos da Maiojama, empresa que passou por reestruturação ao longo da pandemia, será com um projeto na Avenida Soledade, com valor geral de venda (VGV) estimado em R$ 80 milhões.
Conforme Rodrigo Rimolo Salomão, diretor de mercado, é o primeiro de uma série de cinco empreendimentos até 2023.
— Estamos acelerando o passo em novo momento e retomando os lançamentos. A empresa de 47 anos, supertradicional e sólida, se reestruturou, adotou novo modelo de gestão. Não temos pretensão de ser os maiores, gigantes. O nicho que escolhemos é o de butique — afirma.
O primeiro dessa nova fase é o Ares, prédio residencial de 15 andares e 47 apartamentos entre 80 e 130 metros quadrados, com duas ou três suítes. Também estão previstas três coberturas, conforme Salomão "com vista espetacular", porque o terreno é alto. Outro atrativo, acrescenta, é a "varanda hall", na altura da copa das árvores da Soledade.
Conforme o executivo, o projeto segue o conceito de "linguagem contemporânea natural", com aprendizados da pandemia. Todos os apartamentos terão sacada, com floreiras na altura das janelas para que os moradores possam ver o verde e ter "aconchego de casa".
Durante a pandemia, detalha Salomão, a empresa formou um novo banco de terrenos, que asseguram a base para os novos projetos. Além do Ares, há dois projetos da Maiojama já conhecidos na cidade, um na Rua Tomás Gonzaga, ao lado do Colégio Anchieta, no bairro Três Figueiras, onde um tapume já identifica a área com a marca da construtora. Outro é o previsto para a área onde ficava a Panambra, na Avenida João Pessoa, que deve ser lançado até o final deste ano.
Nesse caso, adianta Salomão, o projeto foi totalmente reformulado ao longo da pandemia e, por isso, está em fase final de aprovação na prefeitura. O resultado, sustenta, terá "poder transformador" daquela área da cidade .A coluna, claro, quis antecipar algo, mas o executivo só adiantou que será um complexo multiuso, com lojas, salas e apartamentos pequenos, médios e grandes.
— Temos um pequeno estoque de salas comerciais, mas em 2022 se sente uma retomada importante desse mercado — diz Salomão.
O executivo avalia que o pico de alta dos insumos da construção ficou para trás, e que não estão mapeadas "grandes surpresas" até a entrega, em 2025. Sobre juro, avalia que em três anos, quando serão entregues as chaves e os proprietários vão negociar financiamento, é possível que a Selic já tenha começado a refluir.