O jornalista Rafael Vigna colabora com a colunista Marta Sfredo, titular deste espaço.
Aquém das expectativas, o consumo das famílias deve movimentar cerca de R$ 5,6 trilhões ao longo deste ano, no Brasil. A cifra representa um aumento real de apenas 0,92% em relação a 2021. A estimativa é do estudo IPC Maps 2022, especializado há quase 30 anos no cálculo de índices de potencial de consumo nacional, com base em dados oficiais.
Quando o assunto é o Rio Grande do Sul, o Estado ocupa o quarto lugar no ranking, mesma posição do ano passado. A projeção é de elevação de 6,4% no total de consumo que deve atingir a marca de R$ 377,8 bilhões, apesar de uma queda de 6,2% na quantidade de empresas, atualmente.
Segundo Marcos Pazzini, sócio da IPC Marketing Editora e responsável pela pesquisa, esse resultado é reflexo da lenta recuperação pós-crise pandêmica agravada pelo atual cenário de confronto entre Rússia e Ucrânia, na Europa.
Diante disso, o levantamento mostra como o perfil empresarial brasileiro foi afetado, com o fechamento de mais de 1,1 milhão de empresas de 2021 para cá. Com uma pequena contenção, o Sudeste continua liderando o ranking das regiões, respondendo por 49% do consumo nacional. O Nordeste volta a ocupar o segundo lugar no ranking das regiões, ampliando sua representatividade para 18,2%. Já, a Região Sul, que havia crescido na pandemia, regrediu para 17,9%.
Assim como no ano passado, o quarto lugar segue ocupado pelo Centro-Oeste, reduzindo sua fatia para 8,5%, e por último, vem a Região Norte, que amplia sua atuação para 6%.
Nesse contexto, as 27 capitais, embora com perdas em relação a 2021, aparecem respondendo por 29,07% do total de gastos no País; enquanto a participação do interior fica em 54,9%.