O jornalista Rafael Vigna colabora com a colunista Marta Sfredo, titular deste espaço.
O governo Federal corre para atingir as metas habitacionais do programa Casa Verde Amarela (CVA) e promove mudança nos subsídios concedidos para o valor dos imóveis. A partir de junho, os beneficiários do CVA poderão abater entre 12,5% e 21,4% do custo total das moradias, de acordo com a renda e região.
Mas, para alcançar as 1,6 milhão de moradias pretendidas até 2024, será preciso ir além, dizem especialistas. Com mais de metade do prazo vencido, a efetividade é inferior a um terço (pouco menos de 500 mil unidades entregues).
Além do interesse da população, será necessário elevar a atratividade para os construtores, que sofrem com os custos setoriais. Existem recursos do FGTs de sobra para avançar em políticas que mitiguem situação do déficit habitacional que é de 5,8 milhões de moradias no país (250 mil no RS). Melhorar o desempenho é ainda pressuposto eleitoral, pois, mesmo que as conjunturas econômicas sejam diferentes, a comparação com o antecessor, Minha Casa, Minha Vida será um dos elementos presentes nas estratégias de Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2022.