Uma startup nascida em Recife (PE) em novembro de 2019 e já vem sendo chamada de "Tesla de Pernambuco" começou em dezembro a vender suas scooters elétricas em na Avenida Cristóvão Colombo, bairro Floresta, em Porto Alegre.
É a Voltz, que neste ano começa a fabricar seus veículos na Zona Franca de Manaus.
A comparação com a empresa de Elon Musk é feita tanto pelo mesmo segmento - veículos elétricos - quanto pela rapidez do crescimento da startup. Para o CEO da Voltz, Renato Villar, a abertura da unidade de Porto Alegre é uma conquista importante. Diz que o Rio Grande do Sul tem "extrema relevância" para a empresa.
Em maio de 2021, a Voltz recebeu aporte de R$ 100 milhões em uma rodada de investimentos liderada pela Creditas, que teve participação do UVC Investimentos, fundo de venture capital do Grupo Ultra, dona da rede de postos Ipiranga e da Ultragaz.
Com recursos desse aporte, a Voltz planeja colocar em operação ainda neste primeiro trimestre a primeira fábrica de motos elétricas da Zona Franca de Manaus. Com investimento de R$ 54 milhões, deverá gerar cerca de 200 empregos. Além disso, pretende oferecer novos modelos e projetos de conectividade. O objetivo é ambicioso: redefinir a mobilidade em duas rodas no Brasil.
Para isso, uma das principais estratégias é remover dois grandes obstáculos: o alto custo dos veículos elétricos e a autonomia limitada. Uma das alavancas para remover essas pedras no caminho são os "ecopoints", estações de troca de bateria onde é possível substituir uma bateria descarregada por uma cheia em segundos, sem ter de esperar o carregamento.
É o conceito "bateria como serviço", com um plano de assinaturas em vez da posse do equipamento, o que reduz em cerca de 40% o preço de suas scooters elétricas, hoje já bastante mais competitivo do que os carros. A mais básica custa certa de R$ 15 mil, em comparação aos R$ 10 mil dos modelos de entrada a combustão. A Voltz vende hoje cerca de 900 motos por mês, mas também sofre com a quebra nas cadeias de suprimentos globais.