A coluna registrou a tentativa da construtora Queiroz Galvão para retomar atividades em seu estaleiro em Rio Grande, mas passado o prazo estimado para o avanço das negociações, apurou que a área não está mais disponível.
Conforme o superintendente dos portos do Rio Grande do Sul, Fernando Estima, depois de um ano e meio de cumprimento de ritos legais, o Estado retomou a área que foi ocupada pelos consórcios Quip e QGI para montar ao menos cinco plataformas de petróleo.
Segundo Estima, havia uma escritura da área em nome da empresa, com uma série de condicionantes: atividade permanente, geração mínima de mil empregos e faturamento de R$ 150 milhões ao ano. Com a mudança na estratégia de contratação da Petrobras, não houve qualquer operação nos últimos três anos, afirma o superintendente. A retomada da área, sustenta, foi uma necessidade:
— Ninguém estava usando, e por outro lado, o porto tem demandas de mercado, de produtos florestais, químicos, outros tipos de carga, que necessitam dessa área.
Estima afirma que o Estado "não tem interesse em litígio com a Queiroz Galvão", e diz que existem alternativas para o desenvolvimento da atividade pretendida, de construção de módulos para plataformas ou navios.
— Se a empresa tiver um contrato para construção de módulos, existem outras áreas que podem ser alvo de contratação temporária, inclusive nos outros dois estaleiros existentes (o da Ecovix, em Rio Grande, e o da EBR, em São José do Norte).
O superintendente argumenta, ainda, que o Estado tem acompanhado o estágio das encomendas nacionais desse tipo de equipamento e, em conversas com a Petrobras, constatou que as regras de contratação "não são atraentes para construção no Brasil".