Em meados de 2020, portanto há quase um ano, os preços começaram a subir de forma acelerada, especialmente no atacado. Na época, alguns economistas não admitiam chamar o fenômeno de inflação, porque seria algo momentâneo. De lá para cá, o índice considerado oficial dobrou e acumula 8,06% em 12 meses, o maior nível em 25 anos, enquanto o indicador mais sensível ao dólar, o IGP-M, ronda os 40% no mesmo período. André Braz, coordenador de índices de preços da Fundação Getulio Vargas (FGV) — entre os quais a série mais impactada, a dos IGPs —, dimensionou o problema antes da maioria exatamente por observar a alta das matérias-primas básicas. Entre as causas, diz que a demora na vacinação contribuiu para pressionar a inflação. E avisa que, de novo, vai piorar antes de melhorar. Mas ao menos deve ser uma piora de curto prazo: o momento mais agudo será neste mês.
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"Até o atraso da vacina pressionou a inflação", diz especialista em preços
Coordenador de índices da FGV diz que atraso na imunização atrasou a retomada, aumentou a incerteza sobre o Brasil e sustentou desvalorização mais forte do real
Marta Sfredo
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