Muito antes que a força das mulheres ganhasse holofotes em movimentos como o #MeToo, eu já citava as colunistas de Zero Hora, assim como as líderes da redação, como um dos sinais de que a questão de gênero já tinha uma inflexão importante. Ainda há um longo percurso para eliminar preconceitos limitantes ou estereótipos ultrapassados, mas é bom constatar os avançar para ganhar energia e seguir adiante.
Em comum, temos outras mulheres que nos inspiraram nessa trajetória. A resiliência da mãe, a seletividade da irmã mais velha nas leituras, a lealdade das amigas de infância, a dedicação da professora, a paciência da primeira chefe, a exigência das que se seguiram: todas essas características se combinaram para nos tornar o que somos.
Nesse grupo de sete mulheres, todas têm características admiráveis. Escolhi falar das de Gisele Loeblein, titular da coluna Campo e Lavoura, porque, profissionalmente, ela tem um enorme compromisso com a qualidade de seu trabalho e a precisão das informações que apura. E em paralelo à seriedade no trabalho, Gisele tem um humor delicioso, temperado com a sensibilidade profunda dessa mulher forte. No tempo em que estávamos na redação (saudade, falta só uma semana para fechar um ano em "prisão domiciliar"), não era raro ouvir uma de suas gargalhadas quebrando a tensão de uma tarde que já se encaminhava para a correria.
Gisele, Kelly, Thamires, Sara, Giane, Rosane: tudo o que mais espero neste Dia Internacional da Mulher tão difícil é que tenhamos muitos motivos para voltar a gargalhar, em breve.