Em um ranking que avalia como 98 países geriram a crise provocada pelo coronavírus, o Brasil ocupa o 98º lugar. No primeiro lugar, está a Nova Zelândia, o que mostra que a listagem tem conexão com o senso comum dos cidadãos bem informados.
A avaliação foi feita por um centro de estudos da Austrália chamado Lowy Institute, fundado em 2003 por "sir" Frank Lowy AC, por sua vez co-fundador da companhia de shopping centers Westfield, ainda em 1960, onde atuou como principal executivo por 50 anos – nenhuma relação com a "esquerda", portanto.
Conforme o instituto, a avaliação se restringe a 98 dos 190 países porque são os que têm dados públicos disponíveis e comparáveis sobre como atuaram para combater a pandemia. Os critérios examinados para a elaboração do ranking são número de casos confirmados, número de mortes confirmadas, número de casos por milhão de habitantes, número de mortes por milhão de habitantes, casos confirmados em proporção aos testes aplicados e número de testes feitos a cada mil pessoas.
Os dados foram coletados no dia 9 de janeiro passado (há vinte dias, nesta sexta-feira 29) e não incluem, portanto, avaliação sobre o ritmo da vacinação. O instituto fez uma média e pontou os países entre zero (pior gestão da pandemia) a cem (melhor desempenho no combate à covid-19). A nota da Nova Zelândia, como se vê na imagem abaixo, é 94,4. A do Brasil, 4,3. Não é difícil perceber o abismo entre os dois extremos da lista. Imediatamente acima do Brasil, estão México (97), Colômbia (96), Irã (95) e Estados Unidos (94).
Logo depois da Nova Zelândia, vêm Vietnã (2), Taiwan (3), Tailândia (4) e Chipre (5). Essa colocação, é preciso admitir, contraria um pouco o senso comum. São países pobres, com poucos recursos para combater a pandemia. Uma das explicações do estudo é de que a pandemia é mais fácil de controlar com população abaixo de 10 milhões.
Conforme o Lowy, a China não foi incluída no ranking por falta de dados disponíveis sobre testes. Taiwan foi avaliada separadamente. Entre as conclusões do estudo é de que alguns países administraram a pandemia melhor do que outros, mas a maioria se destacou apenas por seu desempenho insatisfatório.