No dia seguinte à frustração com a suspensão dos testes pela Universidade de Oxford, uma empresa brasileira anunciou parceria com a Covaxx, iniciativa para desenvolver uma vacina contra a covid-19.
A parceria no Brasil prevê que a Dasa, que se apresenta como maior empresa do segmento de medicina diagnóstica na América Latina, vai participar da segunda e terceira fases dos testes para a vacina da chama Covaxx, subsidiária da biofarmacêutica americana United Biomedical, empresa de vacinas com mais de 30 anos que tem já fabricou 500 milhões de doses de vacinas por ano. Três mil brasileiros serão chamados para participar dos testes.
No Brasil, MRV, Localiza e Banco Inter vão financiar a parceria entre a Dasa e a Covaxs. Em abril, a Dasa havia anunciado a implementação no Brasil da maior operação de testagem de covid-19 no mundo, com 3 milhões de exames de RT-PCR. Há previsão de 10 milhões de doses para redes de saúde particulares e 15 milhões para a rede pública no Brasil.
A teleconferência internacional que detalha o projeto está ocorrendo neste final de manhã de quarta-feira (9). Participam do anúncio Peter Diamandis, co-fundador e vice-chairman da Covaxx, e Mei Mei Hu, médica e CEO e co-fundadora da Covaxx. Conforme Mei Mei, a vacina é baseada em peptídeos (compostos de aminoácidos) sintéticos de precisão, produzidos em laboratório.
A médica afirmou que os pré-testes deram resultados animadores na imunização e o fato de usar veículo sintético aumenta a segurança da vacina. Os testes devem começar no final deste ano. Em resposta à consulta da coluna, a Dasa informou que a avaliação de dados de prevalência definirá os centros de testagem, e que avalia a inclusão de diferentes regiões do país.