O tipo de transporte que liga o trensurb ao Salgado Filho – ainda que com dificuldades –, em Porto Alegre, poderá conectar a recente linha do metrô de superfície entre a capital paulista e o aeroporto de Guarulhos. A expectativa é de uma definição dentro de 60 dias.
O consórcio formado por Aeromóvel Brasil, HTB, responsável pela obra de ampliação do Salgado Filho, TSEA Energia (novo nome da Toshiba South America) e FBS Construtora venceu licitação concluída no ano passado e, em meio à pandemia, confirmou a oferta feita em 2019.
– Aguardamos definição da União, porque essa obra não entrou na concessão de Guarulhos. Há cerca de um mês, houve um pedido de atualização da proposta, que pudemos confirmar, apesar da alta do dólar, porque os custos são quase que 100% em real – relata Marcus Coester, CEO do Aeromóvel Brasil.
A expectativa do consórcio é de que a obra esteja entre as que serão retomadas para ajudar na recuperação da economia do impacto da pandemia de coronavírus. Um dos argumentos é de que o projeto está baseado em uma cadeia de produção nacional. A fornecedora dos vagões, por exemplo, será a gaúcha Marcopolo. A empresa não integra o consórcio, mas está comprometida com o contrato.
Essa conexão foi necessária porque, como em Porto Alegre, o desenho da linha 13-Jade da CPTM tem estação que fica a cerca de dois quilômetros de distância do aeroporto de Guarulhos. Para chegar a um dos três terminais de embarque por transporte público, é preciso usar um ônibus circular. Conforme informações do governo de São Paulo em dezembro passado, quando o consórcio venceu a licitação, o valor da obra era de R$ 175 milhões.