O jornalista Leonardo Vieceli colabora com a colunista Marta Sfredo, titular deste espaço.
Um grupo de investidores pretende dar novo gás a uma fábrica de refrigerantes que mexe com o imaginário de Santa Maria, na Região Central. Depois de 12 anos fechada, a Cyrilla faz os últimos retoques para voltar a operar. A estimativa é de que a empresa retome as atividades em março. O destaque dos refrigerantes da marca é a clássica Cyrillinha, produzida a partir de óleo de casca de laranja e envasada em garrafinhas de vidro.
— A empresa foi criada em 1910. Queremos resgatar boas lembranças e um produto original. A Cyrillinha não é como um guaraná fabricado a partir de xarope — relata o empresário Luiz Antônio Marquezan Bagolin, um dos três responsáveis pelo projeto.
Para financiar a reforma do prédio no bairro Itararé e a compra de equipamentos, os sócios investiram recursos próprios e buscaram empréstimo do BNDES por meio do BRDE. O valor total do aporte não foi detalhado.
Segundo Bagolin, a retomada da fábrica vai gerar de 20 a 30 empregos diretos. O foco inicial da empresa será o mercado de Santa Maria e municípios vizinhos. A depender do andamento dos negócios, a expansão em cidades como Porto Alegre pode aparecer no radar, diz o sócio:
— Vamos buscar novos mercados de acordo com a demanda.
Após a Cyrilla enfrentar dificuldades financeiras e fechar as portas, o prédio da fábrica e a permissão para uso da marca foram adquiridas em leilão, acrescenta o empresário.