O jornalista Leonardo Vieceli colabora com a colunista Marta Sfredo, titular deste espaço.
O polo naval de Rio Grande, no sul do Estado, virou inspiração para o lançamento de um livro de poesia. Isso mesmo. O autor da obra é Danilo Giroldo, vice-reitor da Universidade Federal do Rio Grande (Furg). Batizado como O canteiro das flores de metal e o jardim de areia (Editora Patuá), o livro será lançado em março no município gaúcho.
Símbolo de pujança até 2013, o polo entrou em declínio na sequência com a descoberta de irregularidades em contratos de estaleiros com a Petrobras. Hoje, a estatal opta pela construção de plataformas no Exterior.
Giroldo acompanhou de perto diferentes fases dos estaleiros. De 2013 a 2018, atuou como presidente do Arranjo Produtivo Local (APL) do Polo Naval e de Energia.
– Houve um período de sonho. O momento atual é para o polo tentar se reerguer. Aflora uma sensibilidade em quem se envolveu com o projeto. Tive vontade de expressar o que sinto sobre o assunto de uma forma não técnica – conta Giroldo.
Para o polo conseguir espantar o marasmo, o vice-reitor da Furg avalia que uma das possibilidades é a busca por atividades como o reparo de embarcações. Além disso, ele vê sinais de que a Petrobras poderá elevar a demanda por serviços de finalização de plataformas no país, devido à exploração do pré-sal.
Face da indústria naval gaúcha, o estaleiro da Ecovix tenta avançar em seu plano de recuperação judicial. Os complexos da QGI, também em Rio Grande, e o da EBR, em São José do Norte, completam a estrutura do polo.
