A intrigante escapada de Carlos Ghosn, ex-presidente da Renault Nissan, do Japão para o Líbano, ainda não tem explicação oficial. Para tentar decifrar o mistério do empresário que driblou a severa justiça japonesa, a MTV libanesa chegou a divulgar a versão de que a fuga teria sido executada em uma caixa de instrumento musical feita de madeira, depois que um grupo gregoriano se apresentou na cada de Ghosn em Tóquio.
Em contato com a agência Reuters, a mulher de Ghosn, Carole, chamou essa hipótese de "pura ficção". Ela evitou dar detalhes sobre qual teria sido o verdadeiro meio de saída do Japão, que surpreendeu autoridades locais e da França. A história predominante é que uma empresa de segurança supervisionou o plano, que teria exigido três meses de preparativos. Envolveria uma viagem em jato privado até Istanbul, na Turquia, antes da chegada a Beirute.
Na segunda-feira (28), Ghosn teria se reunido com o presidente do Líbano, Michel Aoun, informação também negada pela assessoria da presidência do país. Meios de comunicação de Beirute informam que há um pesado esquema de segurança diante de sua casa na capital libanesa, que está cercada de repórteres.
Ghosn nasceu no Brasil e foi criado no Líbano. Também tem cidadania francesa. Ficou famoso por ter conduzido a fusão entre a francesa Renault e a japonesa Nissan e se tornou conhecido como "cost killer" (matador de custos), pela reestruturação que conduziu na empresa resultante.