Desde o início de novembro, o dólar comercial é cotado no Brasil acima de R$ 4. Chegou a encostar em R$ 4,30 depois do fracasso dos leilões de áreas do pré-sal e declarações do ministro da Economia, Paulo Guedes. Nesta segunda-feira (30), último dia de negociação oficial com a moeda americana, a cotação não perdeu o patamar de R$ 4 por um triz. Fechou com recuo de 0,9%, a R$ 4,013.
Um dos motivos da baixa foi a informação de que o vice-premiê chines, Liu He, vai aos Estados Unidos no próximo sábado (4), para assinar a primeira fase do acordo de trégua na guerra comercial com os Estados Unidos. Em meados de dezembro, quando os americanos anunciaram ter fechado a primeira fase do acordo comercial, o representante comercial dos EUA, Robert Lighthizer, havia declarado que os países assinariam o acordo comercial "na primeira semana de janeiro".
Como a guerra comercial entre Estados Unidos e China foi o grande definidor dos humores do mercado financeiro, no Brasil depois da aprovação da reforma da Previdência, o sucesso nessas tratativas tende a tranquilizar investidores e especuladores. Reduz ao menos um dos focos de incerteza desta virada de ano. No pregão desta segunda-feira (30), o dólar chegou a ser negociado por R$ 4,0122. Acabou quase no mesmo patamar, deixando para 2020 a expectativa de quebrar o patamar de R$ 4.