Depois de quase um ano de obras, que causaram desconforto e até uma certa "bagunça",
a Fraport vai entregar aos gaúchos no início de abril a primeira fase das obras de expansão do aeroporto Salgado Filho. Tratam-se de duas partes cruciais da expansão do Terminal 1,
a área de check-in e o novo embarque doméstico. Embora o prazo final de entrega das melhorias no terminal seja outubro de 2019, a concessionária vai liberar essas áreas, construídas a partir do zero, até para seguir fazendo a reforma na parte antiga do terminal.
Agora, a expectativa é de que pontualidade na entrega dos compromissos da Fraport, definidos do edital de concessão e no contrato assinado com o governo federal, seja mantida para uma obra menos visível para os passageiros, mas ainda mais crucial para o Rio Grande do Sul. A ampliação da pista é o maior promessa embutida na privatização do Salgado Filho.
A expectativa com a extensão da pista em mais 920 metros, que tem entrega prevista para o final de 2021, é de que seja um benefício para passageiros – atrairá mais voos e tem potencial de reduzir preço de passagens –, mas especialmente para exportadores gaúchos.
A dificuldade crônica de fazer aviões decolarem com toda a capacidade de carga torna os produtos destinados à venda no Exterior mais caros e, em alguns casos, inviabiliza a entrega. A Agenda 2020 estima que, quando a pista estiver pronta, e o novo aeroporto estiver funcionando a pleno, gerará, apenas em impostos, cerca de R$ 1,7 bilhão ao ano.
Para que a obra avance, será necessária a remoção de cerca de 394 famílias da Vila Nazaré. As casas que vão abrigar os moradores estão prontas, falta apenas o acordo final para permitir a realocação.