Até mais do que a ameaça concreta – o corte de recursos do Sistema S entre 30% e 50% –, chocou a forma da frase do futuro superministro da Economia, Paulo Guedes. Ao afirmar que vai “meter a faca” na verba, diante de plateia formada por empresários ligados ao sistema, Guedes usou expressão infeliz, que remeteu à violência sofrida pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro. Foi deselegante ao condicionar corte menor ao diálogo com pessoas específicas, no caso o presidente da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, no cargo há 22 anos. Mas teria acertado se trocasse de instrumento.
Política econômica
Sistema S não precisa de facada, mas reagiria bem a bisturi
Paulo Guedes usou expressão infeliz, que remeteu à violência sofrida pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro
Marta Sfredo
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