A startup de compartilhamento de carros moObie (assim mesmo, com letra minúscula no início), desembarca em Porto Alegre e planeja contribuir com a mobilidade urbana. O serviço, também chamado de carsharing, já tem cadastramento disponível para veículos. O proprietário inclui seu carro no sistema e passa a ser remunerado quando houver utilização. Após o primeiro registro, o aluguel estará liberado para os usuários – o aplicativo, disponível para iOS e Android, é focado em empréstimo de pessoa para pessoa.
Conforme Tamy Lin, CEO e fundadora da moObie, a empresa – que tem um ano de mercado e atua em cem cidades de São Paulo, incluindo a capital –, tem critérios para o cadastramento de veículos, como estar em dia com Detran/Denatran e o seguro obrigatório. São aceitos apenas veículos emplacados a partir de 2008, com menos de 100 mil quilômetros rodados.
– O processo é todo online, com informações verificadas por uma equipe nossa. Fazemos processo semelhante com usuários que cadastram os seus dados, como checagem da carteira de motorista e cartão de crédito – disse Tamy à coluna.
Tamy também explica que na hora do empréstimo físico, é feito um checkin por ambas as partes via celular, para confirmar as condições do carro – como limpeza e tanque cheio. O mesmo processo deve ser realizado na devolução. O recebido pelo dono do veículo varia conforme modelo e ano do carro, mas o valor mínimo fica em torno de R$ 60 por diária.
– Os donos dos veículos faturam entre R$ 500 e R$ 1,5 mil mensalmente. Isso depende também do número de dias que o veículo fica disponível. Queremos contribuir para a mobilidade urbana e a geração de renda também – diz.
O objetivo da empresa é elevar em 30% ao mês o número de carros cadastrados em Porto Alegre. Segundo Tamy, o ideal é ter um carro disponível a cada quatro quadras. A empresa planeja expandir o negócio para cidades do interior do Estado no próximo ano. Em caso acidentes com perda parcial ou total, furto ou roubo durante o empréstimo, a seguradora da moObie é a responsável, não a do proprietário. Se houver infração, os pontos vão para o usuário, não para o dono do carro. Em São Paulo, a startup soma 150 mil usuários cadastrados no aplicativo e mais de 7 mil carros cadastrados.
*Com Anderson Mello