Uma startup gaúcha nasceu com o objetivo de disputar mercado com gigantes como L'Oréal, uma das maiores no mercado de beleza, e Pfizer, laboratório do Viagra e dezenas de outras marcas vendidas no mundo interior. A InBeaty desenvolveu em Porto Alegre, com base em nanotecnologia, microcápsulas capazes de para administrar nutracêuticos (compostos nos alimentos capazes de melhorar a saúde). Batizou de direct caps, registrou a fórmula e apresenta como seu trunfo na competição com as grandes.
As nanopartículas, explica Luís Cunha, CEO da InBeaty, permitem melhor absorção dos ingredientes ativos, que chegam até o intestino intactos, enquanto fórmulas convencionais são processadas no estômago. Como uma lean startup, a empresa terceiriza a produção para diferentes fornecedores, para garantir a manutenção do segredo industrial, todos do Rio Grande do Sul.
Vencedora do Prêmio Sebrae Inovação em 2013, a empresa fez o primeiro teste de mercado em 2016. Em 2017, faturou R$ 102 mil. Neste ano, até agosto teve R$ 185 mil. E o plano para o futuro é ousado: crescer 65% por trimestre.
Até o final de 2018, pretende garantir distribuição nacional. Até agora, a InBeauty estava incubada no Cientec. Como a fundação é uma das que está em fase de extinção pelo governo do Estado, Cunha brinca, um pouco triste, que vai "apagar as luzes" – é a última startup que ocupa o espaço. E já está buscando novas instalações.