A freeway segue sem concessionária, com riscos para a qualidade da pavimentação e para os investimentos feitos até recentemente, mas ao menos está bem vigiada. Além da contratação da Neovia para executar obras de manutenção, outras duas empresas estão operando no controle. Terceirizada pelo consórcio Etel ATP, contratado por licitação pelo Dnit-RS para fiscalizar a execução do trabalho, a Finger & Sommer Engenharia e Consultoria, de Porto Alegre, está usando drones para inspecionar pontes, viadutos e passarelas.
Pioneira no Estado no uso de drones com essa finalidade, a Finger & Sommer será a responsável pela avaliação de cada uma das 105 "obras de arte" (jargão da engenharia para designar pontes, viadutos e outros acessos especiais) incluídos no trecho atualmente sem concessão. Um de seus compromissos será emitir relatórios sobre eventuais degradações dessas estruturas e eventual necessidade de manutenção.
Conforme Douglas Finger, diretor da empresa, o Dnit recebeu parecer emitido pela Triunfo-Concepa, ex-administradora da freeway, e agora precisa de contraprova que verifique a existência de problemas que requeiram ações imediatas. O contrato estabelece prazo de 60 dias para a conclusão dos serviços. Até o momento foram inspecionados cerca de 30 pontos, nos quais não foi encontrado nenhum tipo de problema que requeira manutenção.
As inspeções são feitas por um engenheiro especialista e um auxiliar de engenharia. O drone, equipado com câmera de alta resolução, é utilizado somente em locais de difícil acesso visual. Entre esses casos estão as pontes Do Saco da Alemoa, a do Rio Jacuí e as alças de acesso da ponte do Guaíba, em que haveria dificuldade de fazer análise mais criteriosa sem o auxílio do drone. Fundada em 2011, a Finger & Sommer deverá completar, neste ano, um total de 2 mil inspeções em várias regiões do Brasil, cerca de 15% das quais realizadas com o apoio de drones.