Instrumentos de gestão públicas também passam pela iniciativa privada. A empresa gaúcha GovBr usa tecnologia para apoiar 700 administrações municipais de 14 Estados, das quais 168 no Rio Grande do Sul. Com 30 filiais e R$ 130 milhões de faturamento em 2017, a empresa vem consolidando o segmento, tanto por meio de compras de empresas menores quanto com parcerias. A mais recente, com a Celk Sistemas, de Criciúma (SC), abriu uma nova área de atuação, o GovBr Saúde.
Embora novo no portfólio da empresa, o serviço já foi contratado por nove cidades gaúchas, como Camaquã e Vacaria, e está em implementação em outras seis. O objetivo da empresa é alcançar 60 municípios de todos os portes. O custo corresponde em média a R$ 0,50 por habitante/mês, e varia conforme o tamanho da população.
– Quando digo que trabalho com gestão pública, percebo que algumas pensam que sou ladrão. Mas temos uma nova geração de prefeitos que pensa diferente, querem crescer buscando legalização e condução ética da administração – afirma Rafael Sebben, diretor de mercado da empresa.
Segundo o empresário, a GovBr vem crescendo – no ano passado, houve alta de 14% nas vendas em relação a 2016. Nos últimos dois anos, incorporou outras três empresas na rede.
A área da saúde se tornou foco do novo movimento, explica, por sua complexidade. Até agora, há sistemas de controle diferentes para pacientes, farmácia, Samu e ambulância para transporte intermunicipal.
Conhecer os dados, detalha Sebben, é essencial para adotar medidas que, por mais improvisadas que pareçam, ajudam o cidadão. Cita um caso em Bombinhas (SC), onde ao constatar que uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) tinha excesso de demanda, enquanto em outra havia escassez, a prefeitura providenciou um transporte entre os pontos para evitar filas de horas antes do atendimento.