Uma das mais antigas entidades econômicas do Estado, com 204 anos, faz sua aposta no futuro. A Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre está construindo seu Centro de Novas Tecnologias. Dentro de um ano, quer incubar de 15 a 20 iniciativas, às quais oferece um ativo raro: testar soluções. Nesta quinta-feira (14), dá a largada pública com o Saúde Summit: Oportunidades e Desafios para a Inovação.
Conforme Ricardo Englert, diretor financeiro, a instituição está recuperando o equilíbrio depois de um período em que o endividamento cresceu – teve prejuízos elevados entre 2013 e 2015, revertidos a partir do ano passado – por conta da adesão à rede nacional de assistência. Para 2018, está confirmado o projeto de ampliação do atendimento no SUS. Serão três centros de atenção: à mulher, ao homem e ao idoso, nova emergência com o triplo da capacidade atual, 140 novos leitos e ampliação da obstetrícia, entre os principais movimentos.
O diretor-geral, Julio Flávio Dornelles de Matos, estima que o investimento total, entre construção e equipamento, chegue a R$ 150 milhões. Para bancar, planeja contratar um financiamento de longo prazo, mas quer buscar outra parte com apoio de doações, especialmente de empresários. E avisa que esse será apenas a primeira fase do projeto de modernização. Diante da falta de avanços no projeto do Medical Valley, a Santa Casa se aproximou dos alemães que lideram o projeto.
– Se tem uma instituição no Estado que pode fazer, é a Santa Casa – diz Matos.