A parada de uma semana na unidade de produção de peças plásticas da Marcopolo de Ana Rech foi definida nesta segunda-feira (4) à tarde e comunicada ao mercado. A freada provocada pelo incêndio que atingiu a planta no domingo (3) à tarde, porém, não vai estancar a reação que se desenhava na produção da empresa, assegurou à coluna Francisco Gomes Neto, CEO da empresa.
Conforme Gomes Neto, a área queimada representa apenas 15% da área total das instalações no local. Como nada pode ser feito antes do exame da perícia do seguro, e as operações já seriam interrompidas pelo feriado, a empresa tomou a decisão de parar por uma semana.
Leia mais
Direção da Marcopolo assegura que incêndio foi só um "contratempo"
Lucro da Marcopolo ainda cai 63,6%, mas empresa vê reação nas vendas
– Ontem (domingo) foi um dia de tristeza, mas hoje (segunda-feira) estamos focados na solução. Tratamos o caso como um contratempo, que não vai afetar a linha de produção de ônibus nem nossos fornecedores por longo período – afirmou Gomes Neto.
Para manter a produção dos ônibus em diferentes estágios de montagem na unidade, Gomes afirma que a empresa estuda onde produzir, substituindo a unidade paralisada. Todas as hipóteses estão abertas, desde outras divisões da própria Marcopolo – no Brasil e no Exterior – até fornecedores externos. Nem o restabelecimento do terceiro turno em alguma das divisões está descartado.
– Todo mundo agora está correndo para resolver. Nossa fábrica está repleta de ônibus em diferentes estágios de montagem. Estamos trabalhando para entender o que falta e garantir a entrega – detalha Gomes Neto.
O executivo lamenta especialmente que o incêndio tenha ocorrido no momento em que a empresa experimenta uma significativa reação do mercado.
– Estamos com uma carteira de pedidos até novembro que não víamos há cerca de dois anos – detalha Gomes.
No auge da crise, saíram da unidade de Ana Rech 12 ônibus por dia. Agora, a reação nas encomendas fazia com que 18 veículos estivessem na linha de produção diária, avanço de 50%.
– O impacto na cadeia de fornecedores será mínimo – tranquilizou Gomes.