O incêndio que atingiu a unidade de produção de peças plásticas na unidade da Marcopolo de Ana Rech representa apenas 15% da área total das instalações no local, disse à coluna o principal executivo da empresa, Francisco Gomes Neto. O CEO explica que, até a tarde desta segunda-feira (4), o local ainda estava interditado para receber a perícia do seguro.
– Ontem (domingo) foi um dia de tristeza, mas hoje já estamos pensando na solução do problema. Estamos tratando o caso como um contratempo, que não vai afetar nossa linha de produção nem nossos fornecedores por longo período – afirmou Gomes Neto.
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Para manter a produção dos ônibus que já estão em diferentes estágios de montagem na unidade, Gomes afirma que a empresa vai estudar onde pode buscar a produção das peças que ficará paralisada. Todas as hipóteses estão abertas, desde outras divisões da própria Marcopolo até fornecedores externos, conforme o diretor-presidente.
O executivo lamenta especialmente que o incêndio tenha ocorrido no momento em que a empresa experienta uma significativa reação do mercado.
– Estamos com uma carteira de pedidos até novembro que não víamos há cerca de dois anos – detalha Gomes.
No auge da crise, saíram da unidade de Ana Rech, 12 ônibus por dia. Agora, essa reação na demanda fazia com que 18 veículos estivessem na linha de produção diária, um avanço de 50%.