Depois de uma manhã de quase euforia, com o Ibovespa trafegando no patamar de 73 mil pontos e alta superior a 1%, a bolsa perdeu força e praticamente zera os ganhos no início da tarde. Pela manhã, o entusiasmo dos investidores era explicado pelos analistas como sinal de que, com o comprometimento da delação da JBS, as provas contra o presidente Michel Temer se enfraqueceriam.
A correção de rumo atinge também as ações da JBS. Depois de uma abertura com queda discreta, que não passava de 1%, na virada de turno os papéis da empresa já perdem quase 7% de seu valor. Além da empresa dos irmãos Joesley e Wesley Batista, as companhias que mais são afetadas pela revisão do comportamento são as de Bradesco e Vale.
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Pela manhã, analistas se referiam ao episódio da noite anterior, quando o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, anunciara investigação sobre a delação da JBS, mencionando a possível "rescisão" de seus benefícios, como "flechada no pé", referência à frase usada por Janot em julho – "enquanto houver bambu, vai ter flecha".