Ainda sob a sombra da recessão, a 20ª Construsul, que vai de quarta-feira (2) a sábado (5), em Novo Hamburgo, aposta no sentimento de que os empresários cansaram de esperar o desfecho da crise política em Brasília e começam a tocar os projetos engavetados com a crise. Mesmo que se espere um ambiente não tão tensionado como o ano passado, os reflexos da retração recente da economia ainda são sentidos na feira. Com os espaços comercializados com antecedência, a edição deste ano terá cerca de 300 expositores que nos últimos dias aceleraram a montagem dos estandes, ante 400 em 2016.
– O ano passado foi como uma hipnose geral. Agora a economia parece querer se descolar da política. As pessoas ainda precisam comer, vestir, ter lazer, morar – diz Paulo Richter, diretor de assuntos institucionais da Sul Eventos Feiras Profissionais, organizadora da mostra, que nota alguma melhora no setor imobiliário, ao contrário da infraestrutura, que segue parada.
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São esperados cerca de 45 mil visitantes entre lojistas e fabricantes de materiais, construtores, engenheiros, arquitetos e incorporadores. Ano passado, foram em torno de 60 mil.
Além do número menor de expositores, as grandes empresas, abatidas pela crise, também diminuíram o tamanho de seus espaços, conta Richter. A saída foi comercializar as áreas vagas para pequenas companhias que ainda buscam um lugar ao sol.
A feira, nos pavilhões da Fenac, terá ainda rodadas de negócios, seminários e palestras.