Fantasma que assombra a promessa de conexão global, o roaming internacional morreu, ao menos na Europa. Desde esta quinta-feira (15), quase 500 milhões de usuários de telefonia móvel podem fazer chamadas e navegar na internet, mesmo em outros países do bloco, sem cobrança extra.
O fim do encargo das operadoras para ligar ou acessar dados foi resultado de um embate de quase 10 anos entre entidades que representam usuários e as concessionárias do serviço. O significado da nova regra ainda desperta controvérsia entre os europeus. Enquanto algumas associações de usuários reivindicaram parcela de mérito pelo que consideram uma vitória, pelo menos uma, a Facua – Consumidores em Ação, lembrou que as grandes operadoras, como Movistar, Orange e Vodafone, estão há um ano e meio elevando os preços dos serviços.
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As companhias relatam impactos bilionários em suas receitas com a decisão, mas a Comissão Europeia, órgão executivo do bloco, avisou que vai monitorar sinais de aumentos injustificados de preços depois da extinção da tarifa.
No Brasil, a discussão sobre a redução de custos de conexão entre redes de empresas diferentes começou há quatro anos, e ainda há custos pesados no roaming nacional, que apenas agora começam a diminuir. Essa característica do mercado brasileiro é apontada como uma das causas para a o avanço lento da "internet das coisas" (IOT, da sigla em inglês internet of things).