Um dia depois de ter dado a entender que ficaria no cargo mesmo se houvesse mudança na Presidência e que as reformas passariam com ou sem Michel Temer, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, resolveu vestir o figurino de esfinge, ao menos em público. Com o nome em todas as listas de eventuais substitutos do "chefe" atual, nesta terça-feira (23) ouviu perguntas sobre o tema. Limitou-se a sorrir.
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Em meio ao quase consenso sobre o risco de que a mais recente onda de crise política quebre a perspectiva de melhora na economia, o ministro saiu-se com uma frase que resume o que pensa o empresariado:
– A última coisa de que precisamos agora é a economia começar a ter problemas por causa das questões da arena política.
E, como se precisasse, afirmou que mantém "agenda ativa e reuniões intensas".
E o "eu fico" de Parente
Outro que vem sendo citado nas listas de eventuais sucessores de Temer, o presidente da Petrobras, Pedro Parente, aproveitou a comunicação interna usual com os funcionários da estatal para se posicionar sobre a hipótese:
"Especulações sobre minha saída para qualquer outro cargo não são por mim autorizadas, não foram por mim estimuladas e não representam a minha vontade".
Se o objetivo era ganhar visibilidade, conseguiu. Parente assegura que pretende cumprir o mandato até abril de 2019.