Em relatório divulgado nesta sexta-feira (19), o Fundo Monetário Internacional (FMI) – como sempre, atrasado – destaca que o crescimento no Brasil será estimulado pela grande safra de soja, pela liberação de recursos do FGTS, pela alta no preço de commodities, especialmente minério de ferro, e pela gradual volta do investimento. Claro, o texto foi fechado antes do terremoto de Brasília, que devolveu o futuro econômico do país à incerteza.
O Panorama Econômico Regional para o Hemisfério Ocidental avalia que Brasil e outros países da América Latina têm "colchões de proteção" em caso de aumento na volatilidade dos mercados. Mas o mais curioso é que o Rio Grande do Sul, quem diria, foi parar no documento do FMI. E não foi pela safra de soja. Conforme o relatório (confira cópia abaixo), diversos Estados, especialmente Rio de Janeiro, Minas Gerais e RS (nesta ordem no texto) continuam a enfrentar "estresse financeiro".
Leia mais
Para embaixador alemão, RS é "talvez" principal parceiro do país
É preciso acender a luz sobre a CEEE
Privatização da CEEE ainda tem muitos fios desencapados
Na avaliação do Fundo, uma solução duradoura para o problema exige a "adoção de programas de ajuste e reformas (incluindo os sistemas de aposentadoria para os servidores públicos), em complementação a algum apoio do governo federal". Embora o FMI publique resumo do relatório em português, a versão completa, que cita o Rio Grande do Sul, só está disponível em inglês.
Como o documento saiu "atrasado", o chefe do Departamento de Hemisfério Ocidental do FMI, Alejandro Werner, disse que a instituição vai acompanhar a turbulência política para decidir se vai mudar suas perspectivas para a maior economia da América Latina.